Vinhos – Temas especiais

Aromas do Vinho em debate

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por Camila H. Coletti

Aromas do vinho | É recorrente observarmos pessoas discordando sobre este tema. Recentemente em uma reunião o tema veio à baila.

Aromas do Vinho existem de fato ou são fantasias?

A questão é muito ampla, já que algumas pessoas felizardas tem uma aptidão maior para sentir aromas e outras não as tem. Quem não consegue uma percepção clara de aromas do vinho, não os valoriza e considera a expressão olfativa de um vinho, algo sem importância, chegando a fazer pouco desta importante habilidade. É certo que este perfil não é o de um avaliador de vinhos.

Falar somente do corpo de um vinho é como viajar pelo mundo, e ficar preso aos hotéis observando a região, apenas pela janela. A riqueza expressa em aromas  do vinho fornece nuances e prazeres, quase inenarráveis. Mas apenas para aqueles que tem esta capacidade bem desenvolvida e “treinada” para o produto “vinho”.

Não é fantasia e nem imaginação. Eventualmente a memória olfativa permite trazer a mente descritores pouco usuais. No entanto, quem analisa o vinho com quase 100% de “descritores” que não fazem parte do universo do vinho,  está “viajando em elucubrações” ou repetindo palavras da moda, como é caso do termo “mineralidade”.

A mineralidade parece ser a solução de quem não está sentido o aroma algum naquele vinho. De 10 taças de vinhos levadas ao nariz, a suposta mineralidade é narrada em quase 100% delas. Parece-me que algo está errado.

Mineralidade é um dos aromas possíveis, mas em alguns tipos de vinhos.  Mas não é um descritor usual, em vinhos de diversos tipos de uvas. Se tudo passa a ter aroma mineral, fica a impressão de que a pessoa ouviu o galo cantar, mas não sabe onde. 

A experiência olfativa

Por mais que a experiência olfativa tenha importância, os estudos já realizados mostram as famílias por onde, a maioria dos aromas descobertos nos vinhos passam. Os aromas do vinho são provenientes de substâncias presentes em cada fase de seu desenvolvimento,  desde a uva, até as transformações ocorridas na fermentação, na maturação, no contato com a madeira, no amadurecimento e estágio em garrafa.

Mas uma coisa é certa, esta é uma habilidade pessoal. Poderíamos compará-la com a habilidade de coordenação motora. Basta colocar um grupo em uma aula de dança e as diferenças serão escancaradas. Só que no caso da coordenação, a inabilidade será visível a todos, não tem como forjar ou esconder uma coordenação motora abaixo da média. Com a inabilidade nos aromas esconder esta inabilidade é possível.

A habilidade para a percepção de aromas do vinho pode ser treinada, irá melhorar bastante, alguns descobrirão então seu enorme potencial e outros conhecerão suas limitações no tema. Não somos todos nascidos com uma coordenação motora excepcional e não são todos, que tiveram o privilégio de ter uma espetacular habilidade olfativa. 

Leiam sobre memória olfativa AQUI.

 

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