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Aerar o vinho tinto é prática usual com bons vinhos

Considero que os bons vinhos tintos, com mais de 3 anos merecem uma breve passada no decanter. O objetivo não será a decantação e sim a aeração. Os benefícios da aeração estão descritos na matéria sobre aerar o vinho, que pode ser lida AQUI.

A decantação só será recomendada para vinhos com mais de 10 anos. Neles será possível a existência de borras o que justifica, a decantação propriamente dita.

A recomendação para aerar o vinho tinto será usual na maioria dos vinhos, que tenham idade superior a 3 anos.

Como proceder a aeração do vinho

Existem diversos apetrechos a serem acoplados no gargalo do vinho com o objetivo de aerá-lo. Eu acredito que a passagem do vinho seja muito rápida por eles. Pode ajudar a aerar o vinho tinto, mas em casos de vinhos com um pouco mais de idade, não será o suficiente.

Para aerar o vinho tinto, o procedimento mais indicado é ainda, a passagem pelo decanter.

O decanter é uma peça básica para qualquer amante de vinhos de qualidade, tem preço baixo e dura, se bem cuidado, por muito tempo.

Basta para tal entornar lentamente o vinho no decanter e deixá-lo nele, por de 30 a 60 minutos. Não é necessário mais do que isto.

Vale a pena esses 30 a 60 minutos do vinho colocado no decanter para revigorá-lo e ajudá-lo a trazer à taça, suas mais discretas e geralmente incríveis características.

Leia mais sobre como aerar o vinho baixando a temperatura AQUI

por Camila H. Coletti
Editora, escritora, sommelière ABS-SP | ASI
Master Level Provence

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Aerar o vinho | Qual a sua função?

Saiba que a maneira como você trata um vinho será retribuída por ele. Pode parecer filosófico demais, mas não é filosofia, é química pura.

Reações acontecem dentro da garrafa do vinho. Ao abrí-lo você encontrará algumas características, que podem não estar de acordo, com a expectativa em relação àquele vinho.

Um fato usual é a formação de aromas chamados de aromas de redução, ou seja, aromas de substâncias, que se formam na ausência de oxigênio. Estes aromas são desagradáveis para a maioria das pessoas e muitas vezes podem até ser confundidos com defeitos do vinho. Preso na garrafa, o vinho tem um contato mínimo com o oxigênio e quanto maior o tempo, mais este fato se intensifica. Fica clara então a necessidade de aerar o vinho.

Costuma-se dizer, de uma forma mais poética, que o vinho ficou preso, sem espaço, dormindo e que precisa acordar, se espreguiçar para aproveitar a vida.
Com poesia ou não, isto é fato.

Conheça as vantagens de aerar o vinho

É preciso aerar o vinho para que os aromas de redução formados dentro da garrafa sejam eliminados. Este é o primeiro ponto de vantagem obtido no ato de aerar o vinho.

O segundo é a expressão aromática verdadeira do vinho. Devido a superfície maior em contato com o oxigênio, no decanter, os aromas do vinho podem se expressar de forma mais intensa. Seria como aumentar o volume do som, para que então, se possa reconhecer qual a música que toca, naquele instante.

Aerar o vinho é imprescindível para quem quer usufruir do melhor que aquele vinho pode oferecer. Aliado à temperatura correta, será a perfeição, dentro do estilo daquele vinho. e das qualidades embutidas nele.

Quanto mais tempo um vinho tem desde a vindima, maior a necessidade de aerá-lo. Quando este tempo atinge mais de 6 ou 7 anos, para vinhos mais intensos e sem filtração, o ideal é proceder a “decantação”, antes do tempo de aeração no decanter.

Finalizando eu acrescento que um vinho aerado no decanter passa a ter a permissão para expressar sua sensualidade e elegância. Pode não ser muito apreciado pelos enófilos apressados, mas aqueles que sabem apreciar cada pequena nuance da vida, certamente não perderam por nada, as facetas que serão reveladas pelo vinho.

É como no ato do amor, pode ser infinitamente mais prazeroso ou mais corriqueiro. Entenda-se aqui uma extensa gama de variações. Dependerá de pequenas atitudes que serão tomadas ou não. Simples assim. A escolha é sua.

Quer mais sobre o tema aerar o vinho e decanter, leia AQUI

por Camila H. Coletti
Editora, escritora, sommelière ABS-SP | ASI
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Brindando com Taittinger a presidência da França

O presidente de uma das casas mais tradicionais na produção de champagnes, a casa Champagne Taittinger anunciou em uma entrevista ao jornal l’Union (20/07/2016) de Champagne, que concorreria em 2017 à presidência da França.

Com 63 anos Pierre-Emmanuel, já havia anunciado que sairia da presidência da Champagne Taittinger até os 65 anos. Sua família é detentora da maior parte das ações da maison possui hotéis e diversas propriedades.

O anúncio causou rebuliço entre os produtores de champagnes. Eles surpreenderam-se com o anúncio mas entusiasmados declararam simpatia e apoio à candidatura.

Dentre os entrevistados, foram ressaltados os atributos de Pierre-Emmanuel Taittinger como sendo considerado um homem de visão, generoso e voltado à grandes e boas causas. Com mente aguçada Taittinger parece ter a capacidade de empolgar quem está por perto.

Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, em uma divertida e saborosa reunião, onde apresentou alguns de seus champagnes. De bem com a vida, elegante, alegre e simpático, Taittinger é um homem de grande poder de envolvimento.

Taittinger chega a anunciar algumas ideias para a França

Dentre suas ideias para a França, a proposta de trabalhar no sentido de que o povo francês possa ter recuperadas, as chances de construção de carreiras profissionais, focado no que chamou de guerra econômica e social dentro da França.

No entanto, dois dias após o anúncio da intenção de lançar a candidatura à presidência da França, Taittinger parece ter recuado por questões pessoais, segundo declarado no jornal La Tribune (22/07/2016).

É certo que algo interferiu neste projeto. Ficamos no aguardo dos próximos passos.

Foto familiar com Pierre Emmanuel Taittinger e seus filhos Vitalie e Clóvis.
(Sem créditos delarados)

por Camila H. Coletti
Editora, escritora, sommelière ABS-SP | ASI
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Área de vinhos analisados | Vinho de Maury

Sob o olhar atento do famoso e polêmico Jean-Luc Thunevin alguns hectares de vinhas de destacaram. Eram de xisto preto, terroir especial da região de Maury. Esta área foi adquirida por Thunevin e surgiu então, o Cuvée Constance em 2003 fazendo parte da parceria Thunevin-Calvet.

O Cuvée Constance é um vinho de Maury com expressão muito intensa e envolvente, a preço acessível, fator que considero nas minhas indicações da coluna “Vinho da Semana” e portanto será a indicação, desta penúltima semana de julho de 2016. Podem ver todas as minhas indicações de vinho da semana AQUI.

Análise do vinho | Cuvée Constance 2009 Thunevin-Calvet

por Camila H. Coletti

Aspecto visual: De tonalidade rubi com a presença de halo aquoso e média intensidade.
Aspecto olfativo: Abre em expressivas notas florais, mescladas com herbal ao fundo notas de musgo ao fundo acrescentando exoticidade e força ao conjunto.
Aspecto gustativo: Ataque macio, acidez intensa porém perfeitamente no integrada no conjunto equilibrando os 15º de álcool. Corpo médio e taninos de porte e carregando muita elegância.

Conclusão: Um belo vinho, equilibrado, elegante, companheiro. Das uvas e Carignan e Grenache ou Garnacha na Espanha, que conferem suculência ao conjunto e uma bela expressão na região de Maury. Vinho com uma performance que pode desbancar diversos vinhos de boa qualidade e preços bem superiores.

Dados do vinho | Cuvée Constance 2009 Thunevin-Calvet

Tipo: Vinho tinto seco
Produtor: Thunevin-Calvet
Região: Maury – Appellacion Côtes du Villages Contrôlée
País: França
Safra: 2009
Teor Alcoólico: 15º

( ) Varietal (x) Corte

50% Grenache
50% Carignan

Observações: Vinhas com idade média de até 40 anos. Solo com 70% xisto e 30% de calcário argiloso. Área de plantio de 40 hectares. Evolução de 14 meses em tanques de concreto semi-enterrados. Sem filtração. Produção de 30.000 garrafas.

Importadora: Casa do Porto

Preço ao consumidor:
R$ 128,00 em julho de 2016

Serviço do vinho|

Servir à temperatura de cerca de 15º – 16º.

Data da análise: Julho de 2016

Análise do vinho: por Camila H. Coletti
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Área de vinhos analisados | De vinhas velhas

Um vinho do Douro com 40% das chamadas vinhas velhas, das quais não se tem as castas ao certo, pois elas foram no passado plantadas misturadas. Neste caso Portugal permite e inserção das uvas destas vinhas velhas, apenas com a porcentagem que deve ser especificada. As uvas plantadas no passado juntas criaram muitas novas espécies e ampliaram a diversidade de castas, bem como oferecem descobertas deliciosas em uma taça de vinho.

Análise do vinho | Quinta do Pessegueiro

por Camila H. Coletti

Aspecto visual: Rubi com fortes traços violáceos e lágrimas que tingem a taça, anunciando forte presença das pronunciadas antocianinas. Alta intensidade.
Aspecto olfativo: Abre em muitas notas frutadas de ameixas vermelhas e traços de chocolates. Com o tempo na taça apresenta notas de pimenta do reino que lembram um pouco as notas encontradas nos vinhos da uva Syrah.
Aspecto gustativo: Boca elegante com ataque macio e suculento, corpo médio a alto taninos aveludados, acidez integrada e retro olfato de ameixas e assinalando a presença da pimenta do reino, quem sabe presente entre os 40% de vinhas velhas.

Conclusão: Vinho muito simpático, apreciável, confortável na boca, com uma suculência a toda prova. Tudo nele está integrado. Pronto para curtir agora, e deve mostrar alguma outras facetas com o passar dos anos. Vale conferir.

Dados do vinho | Quinta do Pessegueiro

Tipo: Vinho tinto seco
Produtor: Quinta do Pessegueiro
Região: Douro DOC
País: Portugal
Safra: 2012
Teor Alcoólico: º

( ) Varietal ( x) Corte

40% de vinhas velhas
40% Touriga Nacional
20% Touriga Franca

Observações: Passa 18 meses em barricas de 225 ml e pipas de carvalho francês e alemão de 600 ml.

Importadora: World Wine

Preço ao consumidor:
R$ 278,00 em julho de 2016

Serviço do vinho|

Servir à temperatura de 16º a 18º.
Desejável um tempo de aeração no decanter.
Cerca de 30 a 60 minutos.

Data da análise: julho de 2016

Análise do vinho: por Camila H. Coletti
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Curso de Bolos |O fantástico bolo esculpido do Chef Ramon Serpa

Na área de curso de bolos, um dos cursos mais requisitados é o curso de bolo esculpido do chef Ramon Serpa.

A moda chegou para ficar. Ter um bolo com volume e retratando a figura de um personagem é algo que cativa tanto as crianças, como os adultos. Toda a técnica necessária será revelada. Aprenda a elaborar a massa adequada para a técnica e a dar o volume necessário, bem como fazer as coberturas e recheios que permitem o trabalho em relevo.

O curso de bolos esculpidos trará magia para as suas festas, assim como será importante para profissionais da área que estejam buscando detalhes desta técnica. Aprenda no curso de bolos do Chef Ramon e saia com a experiência de retratar um chef no bolo. Todas as técnicas e materiais necessários serão ensinados.

O curso acontecerá no dia 26 de julho e a turma está em formação.

Entre em contato e faça sua inscrição, reserve sua vaga.
Deixe seu nome para uma das próximas turmas. Não perca por nada.

Serviço:

Curso de Bolos | Bolo chef esculpido

Data do curso: 26/julho/2016
Horário: 10h00 às 19h00
Valor: R$ 700,00
Local: Ateliê Thais Dohler (Rio de Janeiro – RJ – Barra da Tijuca)
Av. Comandante Julio de Moura 188
Inscrições: (021)98289-7263
Maiores informações pelo e-mail: cursosthaisdohler@gmail.com

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No mundo do vinho, a memória olfativa tem um valor inestimável.
Ela conta um pouco da nossa história.

A participação da memória olfativa na análise de um vinho é fundamental. Ninguém que tenha problemas com olfato analisará por completo um vinho. Boa parte de sua complexidade se revela inicialmente e no transcorrer do tempo, através dos aromas.

Já experimentaram a sensação de ao sentir o aroma de uma fruta ou de um chá caseiro, ter a sua mente envolvida por cenas da infância? Nelas alguns podem lembrar de sua mãe que lhe oferecia um chá. Ou quem sabe de estar com coleguinhas enchendo a boca de amoras maduras? Esta sensações, estas lembranças desencadeadas por um aroma, acionam a memória olfativa.

Como adquirimos memória olfativa?

A memória olfativa permite que reconheçamos aromas, com os quais tivemos maior contato durante a nossa vida. A memória olfativa refere-se -em um primeiro momento- às lembranças dos primórdios de nossa trajetória. Mas considerando que existe também a memória recente, ela poderá ser treinada.

Quando iniciamos uma boa formação em vinhos, que deve levar alguns anos para tal, temos tempo de treinar durante o curso a capacidade olfativa. Lembro-me de que no primeiro ano de minha formação acadêmica, eu vivia em feiras, supermercados, floriculturas cheirando tudo o que podia. Meu objetivo era fixar bem novos aromas, e relembrar os antigos.

Encontramos em uma análise aromas conhecidos. Não será possível encontrar no vinho aromas que não pertencem a nossa experiência, no contato com eles. Exemplificando, aromas de frutas pouco usuais aqui no Brasil, não serão encontrados pela maioria dos brasileiros. Se algo em sua infância fez, com que você tivesse experiência com um determinado aroma, ele poderá ser identificado surpreendentemente em um vinho.

Leia sobre o caso de um doce de Tamarindo. Um relato sobre a experiência olfativa, que colocou o doce de Tamarindo na minha memória olfativa. Ela as vezes me surpreende colocando-o, em alguma taça de vinho. Leia sobre a experiência AQUI.

A memória olfativa, os aromas do vinho e a análise de um vinho

Em uma análise de vinhos, não poderíamos nos ater a aromas exóticos apenas. Se assim fosse, a descrição da fase olfativa de um vinho, não passaria qualquer informação ao leitor.

A ideia é que um bom analista de vinhos, ou um bom apreciador (enófilo) que curte cada momento com a taça, possa treinar ampliando os recursos de sua memória olfativa recente. Para tal deve se ater às famílias de aromas treinando suas nuances.

Para nortear uma análise existem as chamadas rodas de aromas que classificam os aromas em famílias.

por Camila H. Coletti
Editora – Colunista especializada em vinhos
Sommelière ABS-SP | ASI – Master Level Provence

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Os aromas do vinho entremeados com doce de Tamarindo?
Sim, afinal os aromas do vinho são detectados, de acordo com a memória olfativa de cada um. Eles contam um pouco de nossa história.

Você poderá ler sobre o tema memória olfativa AQUI.

O caso de um doce de Tamarindo

Um fato que exemplifica bem, é o relato da minha experiência na infância, com um doce, tipo goiabada, mas elaborado com Tamarindo. Ele me deu um descritor próprio,pouco usual, mas que algumas vezes explode nas taças com vinho.

Meu pai era diretor de escola e tinha no colégio, um professor muito amigo dele. Todos os anos este professor viajava ao nordeste e trazia este doce de Tamarindo. Me lembro bem que era embalado em uma caixa de madeira. Eu ainda criança, o apreciava muito. Comia apenas uma vez por ano e esperava ansiosamente por este momento.
Foi marcante e algumas poucas vezes, eu tive a surpresa de encontrar este aroma em vinhos. Um aroma semelhante que minha mente interpretou, como o aroma daquele doce de tamarindo. Resultado uma experiência de memória olfativa. Percebam que será muito difícil encontrar alguém, que encontre este aroma no vinho. Os aromas existem, pois existem classes de substâncias que surgem no vinho, no entanto alguns sentirão algo e podem não conseguir descrever, pois não tem memória olfativa que se aproxime daquele aroma exalado pela substância em questão.

Quem vive no Brasil teve mais contato com as chamadas frutas exóticas. O Tamarindo faz parte de nossas mesas, embora o doce de Tamarindo não seja simples de encontrar.

As memórias olfativas olfativas são construídas nos locais por onde passamos.

Habitantes de outros locais do mundo poderiam por exemplo, identificar tipos de cerejas em certos vinhos, que são pouco acessíveis à nós, pois se desenvolvem bem em locais que incluam em suas estações, frio com neves. No Brasil as cerejas são raríssimas, presentes apenas nos finais de ano e mal sabemos o tipo de cerejas que comemos nestas festas. Identificar o aroma de cereja sim, mas i tipo dela já é algo para habitantes de outros locais.

por Camila H. Coletti
Editora – Colunista especializada em vinhos
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