Vinhos – Temas especiais

Memória olfativa | Entenda como ela funciona

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No mundo do vinho, a memória olfativa tem um valor inestimável.
Ela conta um pouco da nossa história.

A participação da memória olfativa na análise de um vinho é  fundamental. Ninguém que tenha problemas com olfato analisará por completo um vinho. Boa parte de sua complexidade se revela inicialmente e no transcorrer do tempo, através dos aromas.

Já experimentaram a sensação de ao sentir o aroma de uma fruta ou de um chá caseiro, ter a sua  mente envolvida por cenas da infância? Nelas alguns podem lembrar de sua mãe que  lhe oferecia um chá. Ou quem sabe de estar com coleguinhas enchendo a boca de amoras maduras? Esta sensações, estas lembranças desencadeadas por um aroma, acionam a memória olfativa.

Como adquirimos memória olfativa?

A memória olfativa permite que reconheçamos aromas, com os quais tivemos maior contato durante a nossa vida. A memória olfativa refere-se -em um primeiro momento- às lembranças dos primórdios de nossa trajetória. Mas considerando que existe também a memória recente, ela poderá ser treinada.

Quando iniciamos uma boa formação em vinhos, que deve levar alguns anos para tal, temos tempo de treinar durante o curso a capacidade olfativa. Lembro-me de que no primeiro ano de minha formação acadêmica, eu vivia em feiras, supermercados, floriculturas cheirando tudo o que podia. Meu objetivo era fixar bem novos aromas, e relembrar os antigos.

Encontramos em uma análise aromas conhecidos. Não será possível encontrar no vinho aromas que não pertencem a nossa experiência, no contato com eles.  Exemplificando, aromas de frutas pouco usuais aqui no Brasil, não serão encontrados pela maioria dos brasileiros.  Se algo em sua infância fez, com que você tivesse experiência com um determinado aroma, ele poderá ser identificado surpreendentemente em um vinho.

Leia sobre o caso de um doce de Tamarindo. Um relato sobre a experiência olfativa, que colocou o doce de Tamarindo na minha memória olfativa. Ela as vezes me surpreende colocando-o, em alguma taça de vinho.  Leia sobre a experiência AQUI

 A memória olfativa, os aromas do vinho e a análise de um vinho

Em uma análise de vinhos, não poderíamos nos ater a aromas exóticos apenas. Se assim fosse, a descrição da fase olfativa de um vinho, não passaria qualquer informação ao leitor.

A ideia é que um bom analista de vinhos, ou um bom apreciador (enófilo) que curte cada momento com a taça, possa treinar ampliando os recursos de sua memória olfativa recente. Para tal deve se ater às famílias de aromas treinando suas nuances.

b-322-aromas-bPara nortear uma análise existem as chamadas rodas de aromas que classificam os aromas em famílias. 

por Camila H. Coletti
Editora – Colunista especializada em vinhos
Sommelière ABS-SP | ASI – Master Level Provence
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