por Camila H. Coletti
Encontrar vinhos bons e baratos no Brasil dos impostos,
não é nada simples.
São muitos os vinhos de qualidade baixa, que assolam as prateleiras dos mercados. Vinhos sem qualquer qualidade, que tem de vinho, apenas a sugestão no rótulo. O resultado -além da falta de prazer na taça- será no mínimo um dos fatores descritos a seguir.
A lista dos fatores desanimadores do vinho de qualidade duvidável
- O amargor, a acidez imposta e desequilibrada ou acética, a falta de corpo com forte predomínio do álcool ou pior ainda, a dor de cabeça no dia seguinte, embora o consumo não tenha ultrapassado meia taça. Geralmente um vinho ruim traz um ou mais fatores descritos.
É lamentável ver as pessoas citarem:
“Não gosto de vinho. Eles são amargos ou com muito álcool”.
A escolha do vinho é que foi péssima. Certamente trata-se de um vinho de má qualidade e preço baixo.
Veja que não citei os defeitos do vinho, e sim algumas das características negativas possíveis, em vinhos de baixa qualidade.
As indicações de vinhos bons e baratos
Existem muitas indicações em blogs, por bebedores de vinhos inexperientes, não profissionais, mas apreciadores da bebida. Eles consomem vinhos e mesmo com qualidade baixa, os indicam. A maioria não tem a noção do que seja um vinho de verdade, de boa origem e qualidade. Não basta um vinho ser francês, espanhol, português, italiano ou chileno para ter qualidade. Existem vinhos bons e ruins em qualquer país produtor.
A grande questão é que para que se encontre vinhos baratos no país dos impostos exorbitantes, eles tiveram que ser comprados a preços muitos baixos. Isto pode complicar o fator qualidade, e o pior, é que muitas vezes o vinho até partiu com um preço baixo, mas pela qualidade dele, o importador com pouca visão, lança o preço para cima, por saber que o vinho tem condições de acompanhar vinhos de qualidade superior.
Eu já ouvi um relato de um importador francês, pequeno e iniciante. Ele afirmou jocosamente que jogava o preço de um champagne para cima. Champagne que partia de Champagne com um preço bem razoável. Segundo a leitura dele, o brasileiro acha “chic” beber champagne. Então deve pagar mais por isto?
Precisamos acabar com esta história de que vinho é chic. Vinho é uma bebida saborosa, apreciável, saudável quando na medida, desejável e deve fazer parte da nossa mesa no dia a dia. Chic é ser feliz e ser feliz não pode ser comprado como o vinho.
O que seria um vinho bom e barato?
Vinho bom é aquele que não tem os incômodos assinalados acima e está em uma faixa de preço razoável. E qual seria esta faixa de preço que classificaria o vinho como barato? Isto é relativo à experiência de cada consumidor e ao poder aquisitivo dele. Considerando-se a nossa realidade atual (2016), não é provável encontrar vinhos razoáveis a preços inferiores a 25 reais em São Paulo.
Assim sendo, temos um patamar inicial a partir de 26 reais e a árdua tarefa de encontrá-los, ao preço de prateleira.
Poderá encontrar alguns vinhos bons e baratos que se aproximam desta faixa citados na sessão Vinhos Bons e Baratos. Vinhos encontráveis em supermercados.
A realidade não é boa e um vinho de qualidade razoável estará no país dos impostos, na faixa de até 100 reais.
Pode ler algumas sugestões de vinhos bons e baratos até esta faixa na data da degustação na área ATÉ 60 REAIS. Em final de 2015 esta área foi ampliada para ATÉ 100 REAIS. Estamos tendo dificuldades de encontrar vinhos bons, até 60 reais fora de liquidações.
O texto refere-se a vinhos “importados”.
Considerando-se que o vinho do Brasil, vinho nacional, tem um aporte menor de custos de transportes e taxas relativas à importação. Encontrá-lo a preços bem inferiores aos citados seria desejável, para estimular a inserção do vinho na mesa do brasileiro.
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